Sobre

Adrià Julià é um artista visual que trabalha com filme, fotografia, performance, escultura e material impresso. Seu trabalho questiona as tecnologias de produção de imagens e sua relação com as narrativas normativas e a violência. Sua mais recente exposição individual foi realizada na Pinacoteca, São Paulo, Brasil e no La Virreina Centre de la Imatge, Barcelona. Outras exposições individuais tiveram lugar em instituições como: Fundació Joan Miró, Barcelona; Tabakalera, San Sebastian; Project Art Center, Dublin; Museo Tamayo, Ciudad de México; Orange County Museum of Art, Newport Beach; LAXART, Los Angeles, entre outros. Foi agraciado com bolsas da American Academy Berlin, Botín Foundation, California Community Foundation, Art Matters, American Center Foundation e La Caixa Foundation.

António Candeias é licenciado em Química Tecnológica e pós-graduado em Química Aplicada ao Património Cultural pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Doutorado e Agregado em Química pela Universidade de Évora. Professor Catedrático do Departamento de Química e Bioquímica da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, foi Vice-Reitor para a Investigação e Desenvolvimento e Diretor do Instituto de Investigação e Formação Avançada. Especialista em Química de Superfícies e Ciências do Património, fundou o Laboratório HERCULES e foi seu diretor. É investigador do Laboratório HERCULES, coordenador da Cátedra City University of Macau em Património Sustentável, Coordenador Científico do Laboratório José de Figueiredo da Direção Geral de Património Cultural, Diretor da Plataforma Portuguesa da Infraestrutura Europeia de Investigação em Ciência do Património do Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico e diretor do Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território.

Antonio Fatorelli é doutor em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). Pós-doutorado na Princeton University (2006), no PPGArtes da UFC (2014) e na Universidad Nacional de La Plata (2020). Professor Titular com atuação na graduacão e na pós-graduação (PPGCOM) da ECO/UFRJ. É líder do Grupo de Pesquisa 'Fotografia, imagem e pensamento', cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Publicou, entre outros, os livros 'Fotografia contemporânea: entre o cinema, o vídeo e as novas mídias', 'O que se vê, o que é visto: uma experiência transcinema' (em colaboração com Katia Maciel Toledo), Fotografia contemporânea: desafios e tendências (em colaboração com Victa de Carvalho e Leandro Pimentel) e Escritos sobre fotografia contemporânea brasileira, volumes 1, 2, 3 e 4 (em colaboração com diversos pesquisadores). É coordenador do Projeto 'Midiateca da ECO/UFRJ' e do Laboratório de Fotografia e Imagem Digital, da Central de Produção Multimídia (ECO/UFRJ).

Antonio Florence, tetraneto de Hercule Florence, é advogado formado pela USP, com especialização em Direito Tributário Internacional pela Universidade de Munique, Alemanha. É fundador do Instituto Hercule Florence. Estudou fotografia e história da arte, mergulhando no universo das artes visuais em meados de 2015, quando começou a exercitar fotograficamente a produção dos contrastes provocados pela luz nos objetos de seu cotidiano. É autor do livro Intervalos Acidentais (Fotô Editorial, 2017) - www.antonioflorence.com.

Ariadna Romer é formada na Escola Nacional de Conservação, Restauração e Museografia, na Cidade do México. Em 2008, recebeu uma bolsa de Pós-Doutorado de dois anos de duração concedida à BELSOPO2 no Centro Europeu de Arqueometria, na Bélgica. Pertence à Academia de Imagens Arcaicas, uma instituição privada dedicada a fornecer recursos para a compreensão da história da aplicação da tecnologia para retratar "o que é visto". Atualmente trabalha para construir um programa educacional e de recursos para o ensino da evolução da imagem tecnológica até o surgimento da fotografia através da experiência prática e também em um projeto para recuperar e demonstrar, através de uma abordagem do tipo "arqueologia experimental", a prática e os aspectos técnicos da primeira daguerreotipagem. Seu trabalho profissional inclui a docência no Programa Educacional para a Conservação do Patrimônio Fotográfico, no México e no Uruguai. É também membro da Associação de Avaliadores da América, especializada em avaliação de Fotografias Raras e Finas.

Art Kaplan é um cientista associado do Getty Conservation Institute e há vinte anos trabalha na aplicação de instrumentação analítica para a identificação e estudo de processos e materiais fotográficos. Sua pesquisa se concentra no uso de técnicas não invasivas e não destrutivas na identificação de processos fotográficos, além da análise detalhada de papéis fotográficos para preto-e-branco como ferramenta para estudos de proveniência e autenticação. Tem ministrado aulas e seminários internacionais sobre as técnicas e metodologias desenvolvidas no GCI para a identificação e caracterização de processos e materiais fotográficos. Entre seus estudos estão a análise científica dos trabalhos de William Henry Fox Talbot, John Herschel, Hippolyte Bayard, William Willis, Anna Atkins, Edward Weston e Henri Cartier-Bresson. Em 2011, foi co-recipiente do Prêmio Colin Ford da Royal Photographic Society por seu trabalho na análise científica da "Primeira Fotografia", Vista da Janela em Le Gras, e outras imagens de Joseph Nicéphore Niépce.

Borris Kossoy é fotógrafo, acadêmico e historiador da fotografia. É doutor pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e professor livre-docente e titular da ECA-USP. Foi diretor do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e diretor da divisão de pesquisas do Centro Cultural São Paulo. É autor do clássico Hercule Florence, a descoberta isolada da fotografia no Brasil, livro que ganhou edições no México, Espanha, Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos. Publicou também os livros Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro; Fotografia e História; Realidades e Ficções na Trama Fotográfica; Os Tempos da Fotografia; O Encanto de Narciso; O Olhar Europeu: o Negro na Iconografia Brasileira do Século XIX, este último em coautoria com Maria Luiza Tucci Carneiro, entre outros. Suas obras fotográficas integram as coleções permanentes do Museum of Modern Art (EUA), Bibliothèque Nationale (França), Centro de la Imagen (México), Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, entre outras instituições. Em 1984, recebeu a condecoração Chevalier de l’ Ordre des Arts et des Lettres do Ministério da Cultura e da Comunicação da França, pelo conjunto de sua obra.

Fernanda Pitta é doutora em história da arte pela Universidade de São Paulo, com uma tese intitulada “Um povo pacato e bucólico? Costume e história na pintura de Almeida Júnior”. Foi curadora senior na Pinacoteca do Estado de São Paulo e professora de história da arte na Escola da Cidade, em São Paulo. Atualmente é Professora Doutora da Divisão de Pesquisa em Arte, Teoria e Crítica do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.

Francis Melvin Lee é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (1991). Responsável pela gestão de bens culturais conservados em coleções visitáveis há quase trinta anos, desde 2010 é superintendente do Instituto Hercule Florence (São Paulo), tendo realizado a cocuradoria e a produção da exposição O Olhar de Hercule Florence sobre os Índios Brasileiros, exibida em diferentes instituições museológicas e culturais do Estado de São Paulo em 2015 e 2016. Mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (2014), sua tese foi condensada na exposição Imagens para uma nação: O início da gravura no Brasil, apresentada na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2017. Desde 2021 é mestranda do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia da USP (PPGMus/USP).

Grant Romer é Bacharel em Artes Plásticas pelo Pratt Institute e Mestre em Artes Plásticas pelo Rochester Institute of Technology. Em 1976, entrou para a equipe da George Eastman House, tornando-se seu Conservador de Fotografia em 1989. Foi Diretor do Programa Avançado de Residência em Conservação de Fotografia da Fundação Andrew W. Mellon, de 1999 a 2010. Aposentado desde 2010, Romer possui o título de Scholar In Residence na George Eastman House e continua ativo como pesquisador, consultor e conferencista. Tem atuado em várias das mais importantes do mundo das coleções institucionais fotográficas assim como em arquivos e bibliotecas nacionais. Romer é reconhecido como uma autoridade mundial sobre os primórdios da fotografia, particularmente a história, a prática e a conservação do Daguerreótipo. Em 2014 Grant e Ariadna Romer fundaram a Academia de Imagens Arcaicas, dedicada a explorar a história da aplicação da tecnologia para retratar a experiência visual. Desde 2018 ele é Docente do Programa Educacional para a Conservação do Patrimônio Fotográfico no âmbito do Programa de Formação Regional do Centro de Fotografia, no Uruguai e no México.

Iara Schiavinatto é professora do Instituto de Artes da UNICAMP, Bolsista CNPq. Liderou o projeto de criação e implantação da Graduação em Midialogia na UNICAMP, foi diretora associada do Museu de Artes Visuais da UNICAMP, é membro do Conselho Editorial da Editora da UNICAMP. Realizou estágio de Pesquisadora Senior no Museu Paulista da USP. Entre outros, publicou em 2022 os livros: Visualidade e Poder: ensaios sobre o mundo lusófono, pela Ed. UNICAMP, no qual há um estudo sobre Hercule Florence, e Independências, fabricação de imagens e memórias pela ed. Alameda.

Ingrid Hoelzl é uma acadêmica estudiosa independente na área de teoria da imagem em ambiente digital. É também diretora artística da General Humanity, que une teoria, poesia, vídeo, som e performance. Tem doutorado pela Universidade Humboldt com tese sobre a teoria do auto-retrato fotográfico publicada como Der Autoporträtistische Pakt (Wilhelm Fink, 2008, introdução de Elisabeth von Samsonow) e é diplomada em Belas Artes/Estudos de Cultura Visuais pela Universidade de Artes de Berlim. A Dra. Hoelzl também trabalhou como pesquisadora e educadora em universidades e academias de arte em todo o mundo. Foi bolsista Erwin-Schrödinger na Universidade McGill, professora assistente na Escola de Mídia Criativa de Hong Kong e também fellow EURIAS/Marie-Curie no Collegium Helveticum, ETH Zurich. Suas pesquisas sobre a imagem em ambiente digital foram publicadas em diversos periódicos e antologias incluindo Leonardo, Multitudes, The Posthuman Glossary (2018, ed. Rosi Braidotti), e The Palgrave Handbook of Visual Studies (2020). Juntamente com Remi Marie, publicou dois livros sobre o futuro da imagem: SOFTIMAGE (Intellect, 2015) e COMMON IMAGE (Transcrição, 2021).

João Fernandes é Diretor Artístico do Instituto Moreira Salles, já foi subdiretor do Museu Reina Sofía, de Madri, onde projetou-se no cenário internacional das artes como curador (entre 1996 e 2002) e diretor (de 2003 a 2012) do Museu de Serralves, na cidade do Porto, contribuindo decisivamente para transformar o espaço cultural do norte de Portugal num marcante endereço de arte contemporânea da Europa.

Leticia Ramos é uma artista cientista que pesquisa invenções no meios fotográficos de formas de representar o mundo e o impacto que fenômenos geológicos e climáticos podem ter na imaginação. Parte de eventos históricos e fenómenos naturais para tratar das conexões simbólicas entre política, ciência e imaginação onde o futuro e o passado se sobrepõem. Em sua rigorosa investigação do meio fotográfico analógico utiliza a escultura, a maquete e técnicas de efeitos especiais para criar paisagens imaginárias, narrativas e fabulações que se formalizam em fotografias, instalação e filme. Suas obras foram exibidas em espaços como Jeu de Paume,Tate Modern, Instituto Moreira Salles, Itaú Cultural, Fundação Iberê Camargo, Museu Coleção Berardo, CAPC Musée d’art Contemporain (Bordeaux), Pivô - SP. Seus trabalhos estão em coleções como Fundação Botín, Novo Musee de Mônaco, Kadist Collection, Itaú Cultural, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Instituto Moreira Salles e Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Lívia Melzi vive e trabalha entre Paris e São Paulo. É oceanógrafa de formação, artista residente na ENSP Arles, mestre em Fotografia e Arte Contemporânea pela Université Paris VIII. A artista integra em 2022 o doutorado em arte e literatura na Universidade de Zurique. Sua prática se desenvolve no terreno do arquivo, da mémoire e da construção do imaginário do território dito brasileiro à partir de imagens e objetos etnográficos. Ela busca questionar, através da imagem, os mecanismos de poder na produção, conservação e circulação de imagens. Seus diferentes projetos, da figura desconhecida de Hercules Florence à Tupi or not Tupi, interrogam a história e o papel das imagens na manutenção de certos poderes, ativos em certas representações herdadas da época colonial brasileira. Em 2021 a artista recebe o Grand Prix du Salon de Montrouge, em Paris com a instalação Qu'il était bon mon petit français. En 2022 Lívia Melzi expõe no Festival Circulation(s), no Photo Athens, na galeria Ricardo Fernandes, e abre sua primeira individual no Palais de Tokyo, em Paris. Atualmente em residência na Fundação Fiminco, ela é uma das 4 artistas nomeadas ao prêmio European Month of Photographie 2023 e sua pesquisa seguirá para Lisboa, Luxemburgo e Berlim.

Márcia Rizzutto é Bacharel e Licenciada em Física. Mestre e Doutora em Física com especialização em Física Nuclear. Pós-doutoramento em Física Aplicada. É docente do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) desde 2001. É orientadora dos cursos de pós-graduação da USP na área de Física e Museologia. Atua principalmente na área de Física Aplicada com radiação e aceleradores para estudo e caracterização de materiais, principalmente de estudos e análises de objetos do patrimônio Histórico e Cultural (Arqueometria). Utiliza metodologias físicas e químicas para estudos sistemáticos dos bens culturais em parcerias com os museus da USP e do Estado de São Paulo. Coordena o Núcleo de Pesquisa de Física Aplicada ao Estudo do Patrimônio Artístico e Histórico (NAP-FAEPAH) da Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo. Atua ativamente na área de Arqueometria. É coordenadora do laboratório de Arqueometria e Ciências Aplicadas ao Patrimônio Cultural do Instituto de Física da USP.

Maria Inez Turazzi e Historiadora, graduada pela Universidade Federal Fluminense (1979), é doutora em arquitetura e urbanismo pela Universidade de São Paulo (1998). É, atualmente, professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em História e pesquisadora associada do Laboratório de História Oral e Imagem do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense. Entre 1984 e 2014, trabalhou no Ministério da Cultura (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Instituto Brasileiro de Museus), onde coordenou diversos projetos, sendo também responsável pela curadoria da coleção Geyer, brasiliana doada ao Museu Imperial, em 1999. Como pesquisadora visitante, trabalhou no Departamento de Fotografia do Museu Carnavalet (Paris, 2001) e realizou um pós-doutorado na Faculdade de Ciências e Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa (2012). É também bolsista de produtividade e consultora ad-hoc do CNPq, além de membro do Comitê Brasileiro de História da Arte e do Icom-Brasil.

Millard Schisler é fotógrafo e educador com MFA­‐Mestrado em artes visuais no Visual Studies Workshop, Rochester New York. Lecionou no School of Photographic Arts and Sciences e School of Print Media no Rochester Institute of Technology de 1995 a 2006. Também em Rochester, cursou e depois lecionou no curso de preservação fotográfica do George Eastman House de 1996 a 1998. Trabalha com a preservação de acervos analógicos e digitais, digitalização, tratamento e impressão de imagens e produção de livros, e processos históricos fotográficos. Defende a importância dos fotógrafos conhecerem todas as etapas e ferramentas de produção de livros para poder produzir os seus próprios livros como também ter uma maior interlocução com outros membros de equipe em projetos maiores.

Patricia de Filippi possui graduação em Faculdade de Arquitetura E Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1984), especialização em Preservação Cinematográfica pela George Eastman House(2001) e especialização em Conservação Fotográfica pela New York City Municipal Archives And Information Services(1991). Atualmente é Professor II do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Cinema.

Sergio Burgi é formado em Ciências Sociais pela USP em 1981, ano em que ingressou no curso de Mestrado em Conservação Fotográfica da School of Photographic Arts and Sciences, do Rochester Institute of Technology (EUA) onde obteve em 1984 os diplomas de Master of Fine Arts in Photography e Associate in Photographic Science pelo Rochester Institute of Technology. Foi coordenador do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da FUNARTE entre 1984 e 1991. É membro do Grupo de Preservação Fotográfica do Comitê de Conservação do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e desde 1999 coordena a área de fotografia do Instituto Moreira Salles, principal instituição voltada para a guarda e preservação de acervos fotográficos no Brasil.

Silvana Bahia é codiretora executiva do Olabi. Mestre em Cultura e Territorialidades pela UFF, pesquisadora associada do grupo de Arte e Inteligência Artificial da USP. Considerada uma das 100 pessoas inovadoras mais importantes do mundo pelo The Future Laboratory na Inglaterra. Em 2021 recebeu o prêmio Protagonista Brasil que reconhece lideranças que se destacaram por sua atuação em projetos e ações de impacto social na área de tecnologia da informação em temas voltados à transformação digital e inclusiva do país.