ensaios e reflexões

Cecília Prada

IMAGENS SÃO DESAFIOS: sobre exposição “Cinco pintores visitam Hercule Florence”

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Em reflexão escrita especialmente para o IHF, Cecilia Prada contextualiza os esforços de Affonso d’Escragnolle Taunay na construção do imaginário paulista.

Por Cecilia Prada*

Inserido no contexto dos preparativos para a comemoração do Bicentenário da Independência, em 2022, e dando prosseguimento a convênio estabelecido com o Museu Paulista da USP (mais conhecido como Museu do Ipiranga), o Instituto Hercule Florence lança a partir do dia 7 de setembro de 2021, na plataforma digital Google Arts & Culture, uma exposição virtual intitulada “Cinco pintores visitam Hercule Florence”. 

+ Clique aqui para visualizar a exposição Cinco pintores visitam Hercule Florence

Pelo que nos dizem os especialistas – como Ana Paula Nascimento, sua curadora e pesquisadora colaboradora do MP/USP – é um projeto da maior relevância, que será plenamente apresentado na esperada reabertura do Museu do Ipiranga após um longo período de reformas, em setembro de 2022. De interesse ímpar, pois destinado a unir presente e passado da história paulistana – podemos dizer que é projeto que vem se desenvolvendo gradativamente há um século. Iniciou-se exatamente quando, há 100 anos, preparava-se a cidade para comemorar o primeiro Centenário da Independência.

Apresenta oito telas a óleo que fazem parte de um conjunto muito maior, encomendadas a artistas do Rio e de São Paulo pelo historiador Affonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), então diretor do tradicional museu. São obras de Oscar Pereira da Silva, Alfredo Norfini, Henrique Tavola, Adrien Henri Vital van Emelen e Niccoló Petrili. Em outras exposições parciais já realizadas, dentro do projeto, apareceram nomes dos mais famosos pintores da época, como José Wasth Rodrigues (1891-1957), José Ferraz de Almeida Junior (1850-1899) e Benedito Calixto (1853-1927).

Aos artistas escolhidos por Taunay impunha-se uma singular condição: basear suas obras em trabalhos anteriores de artistas talentosos, mas já falecidos ou esquecidos. Trabalhos bem ou mal executados, nos mais diversos materiais e estilos, ou apenas esboçados, ou sugeridos tematicamente em desenhos, cartões, mapas, tecidos, azulejos, aquarelas ou pequenos óleos ou o que houvesse, ou até coletados como marginalia – esse tipo de rabiscos e anotações que costumamos fazer nas margens dos livros. 

Da imensa remexida que se daria, nas pesquisas preliminares, em armários trancados, gavetas emperradas, cofres enferrujados, porões, arquivos de família...e, sobretudo, na memória das pessoas, o que sairia?

Respondendo: para gáudio do organizador do evento e surpresa, até mesmo um certo terror, por parte dos funcionários, materialmente deve ter resultado em verdadeira inundação de objetos heterogêneos atingindo cada vez mais e mais salas do imenso edifício plantado ali na histórica colina da cidade desde 1895.

Do ponto de vista cultural, uma certeza: a necessidade de se repescar do abismo do tempo e colocar em primeiro plano, inclusive por escolha muito consciente do próprio Taunay, a figura do pintor e cientista franco-monegasco Hercule Florence (1804-1879). Vindo para o Brasil com 20 anos, nos seguintes 55 anos viveu, trabalhou e criou enorme família – teve 20 filhos, de dois casamentos­ – na pequena Vila de São Carlos (hoje, Campinas-SP).

Foi cumprido o propósito de se expor, nas festividades de 1922, uma nova coleção, logo incorporada ao acervo permanente do Museu, composta de 200 itens, totalizando os desenhos originais de Hercule Florence e as telas encomendadas por Taunay. Esse método de estimular a produção artística é comum nas escolas e academias, e foi usado amplamente por Affonso Taunay nos cursos do Museu Paulista até o fim de sua gestão, para estabelecer uma espécie de linha de continuidade e pensamento, ou um verdadeiro diálogo entre artistas criativos. Recorrente também em outras artes. No teatro, no cinema. Na literatura, temos o recurso muito usado da “narrativa dentro da narrativa” – que se transforma, no clássico As mil e uma noites, na própria estrutura da obra. É comum até em grandes escritores, como Cervantes, Shakespeare, Edgar Allan Poe, Brecht, tantos outros. Mais recentemente, para dar somente um exemplo, em 1999 o escritor Michael Cunningham, em nome da “intertextualidade” ganhou o prêmio Pullitzer pelo livro The hours, inspirado no romance Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf.  

 Afinidades eletivas

Affonso d´Escragnolle Taunay teve vida longa e produtiva (1876-1958), é reconhecido como um dos mais importantes historiadores brasileiros, especialista da história de São Paulo. Somente no cargo de diretor do Museu Paulista permaneceu de 1917 a 1945 – exatos 28 anos. Durante esses anos todos, dedicou-se muito às artes plásticas, explicou, recordou episódios, escreveu relatórios anuais e deu seguimento a seus projetos culturais, permitindo que alguns deles chegassem vivos e ainda estimulantes, a nós.

Sua primeira providência foi contratar, em 1917, o desenhista e fotógrafo José Domingues dos Santos Filho para produzir negativos de vidro, cópias de mapas, esboços, desenhos científicos, fotos, enfim, tudo o que pudesse documentar a vida cotidiana das cidades e das fazendas do interior e do litoral paulista.  Era seu propósito formar um grande painel iconográfico com esses documentos, criar uma espécie de “roteiro visual” essencial para a compreensão do que tinha sido a ex-província paulista – que passara a ser Estado de São Paulo após a Republica­ –, na conformação do seu território, na política e na economia nacional, desde o início do século XIX. 

Conhecia alguns trabalhos realizados por Florence, tanto no campo artístico como no da ciência, por circunstâncias familiares. Porque desde 1829 suas famílias, originárias da França, mantinham uma ligação muito forte de amizade e mútua consideração, e também afinidades profissionais e artísticas. Como figura pública, somente a partir da década de 1970 - quase um século após sua morte – foi que o valor de Hercule como cientista começou a ser conhecido, devido aos esforços de divulgação de alguns descendentes seus, como o bisneto jornalista Arnaldo Machado Florence, (1911-1987). E a pesquisas realizadas no Brasil e no exterior pelo professor e cientista brasileiro Boris Kossoy.

Em 1976, no término dessa pesquisa, Kossoy conseguiu que o Rochester Institute of Technology (USA) repetisse, confirmasse e proclamasse internacionalmente que as experiências realizadas em 1833 por Florence, isoladamente, no interior do Brasil, haviam sido decisivas no processo de descoberta da fotografia – contrariando assim o mérito de prioridade que até ali fora atribuído ao francês Louis Daguerre, por ter inventado, em 1839, o “daguerreótipo” – a primitiva fotografia.

Mas enquanto viveu, e vários anos depois de sua morte, Hercule foi lembrado mais como excelente desenhista, pintor e até cartógrafo profissional.  Os habitantes da Villa de São Carlos sabiam vagamente de suas invenções, mas não entendiam grande coisa delas – o que o deixava infelicíssimo e deprimido. Vertia toda a sua amargura no diário – como todos os tímidos. Trabalhava profissionalmente como retratista e desenhista, inclusive colocando anúncios nos jornais, e esteve sempre ligado à impressão – considerava sua invenção principal a poligrafia, método de impressão simultânea a cores, de sua lavra.

Hercule Florence chegou ao Rio de Janeiro como tripulante de um navio da marinha francesa, aos 20 anos, em aventura de adolescente sonhador – imaginava-se   um novo Robinson Crusoé, em um Novo Mundo idealizado, selvagem, no qual implantaria tudo o que havia de bom na velha civilização europeia. Encantou-se com a paisagem, o exotismo das pessoas, a abundância dos recursos naturais, e resolveu interromper a carreira marítima. Teve sorte, pediu e obteve de seu comandante dispensa do serviço e desistiu da ideia de conhecer o resto do mundo. Apesar de pobre, órfão de pai desde três anos de idade, provinha de ótimas famílias, tanto paterna como materna – dizia, que “crescera entre livros e quadros” e mostrava grande habilidade em desenho e em cartografia.  Seu pai, Arnaud Florence (1749-1807), era cirurgião-chefe de um batalhão de voluntários franceses que ocuparam Mônaco em 1792, mas era também artista e professor de desenho.  Sua mãe, Augustine Vignali (1768-1857) era irmã de um pintor famoso, Jean-Baptiste Vignali, que em 1781 ganhou o Prêmio de Roma.  

Quanto à família Taunay, o seu patriarca, um renomado pintor francês pertencente ao Institut de France e várias vezes premiado, Nicolas-Antoine de Taunay (1755-1830), chegou ao Brasil com a família em 1816, integrando um grupo que passou à história como “Missão Francesa” – pintores, escultores e arquitetos que, por acordo com o Príncipe-Regente Dom João, visavam estimular a vida artística emergente do jovem país. O que realmente fizeram, participando da criação da Academia Imperial de Belas Artes e de outras instituições congêneres. Nicolas resolveu voltar para a França em 1821, mas três de seus filhos já adultos, Félix, Adrien e Charles, resolvera ficar no Brasil. Os dois primeiros eram também excelentes pintores.   

No Rio, após trabalhar alguns meses como caixeiro, primeiro em uma casa de modas e depois em uma livraria, Florence leu um anúncio de jornal:  o Barão de Langsdorff, Cônsul da Rússia, organizara uma expedição científica que percorreria regiões de Mato Grosso e da Amazônia, e necessitava de um segundo desenhista para ela. Apresentou-se e foi aceito, e nos próximos quatro anos, de 1825 a 1829, teve a maior aventura de sua vida, oportunidade única para conhecer e documentar a vida selvagem, as tribos indígenas, a fauna e a flora do Brasil. E também todos seus perigos e misérias. Ligou-se logo de amizade com o “outro desenhista”, um belo e educado jovem, três anos mais velho: era Aimé-Adrien de Taunay. Ao qual, porém, o destino preparava uma armadilha: em 1828, transbordante de energia e de temperamento inquieto, durante o curso de uma tempestade tropical resolveu atravessar a nado o rio Guaporé e acabou por se afogar.

Uma lenda formou-se a partir desse episódio sobre a expedição, logo depois atingida duramente pela malária – o que causou a loucura irremediável, definitiva, do próprio Langsdorff, e a morte da maioria de seus membros. Embora houvesse também ficado doente, Hercule sobreviveu, e voltou ao Rio em 1829, fraco e deprimido.

Um dia, resolveu empreender a subida pela mata da Tijuca até a pitoresca Cascatinha, perto da qual residia a família Taunay.  Para confiar ao  pintor Félix-Émile Taunay  um objeto meio esdrúxulo, ao qual não sabia que destino dar: um maltratado e molambento caderno de 236 folhas em que, durante os últimos quatro anos, fora  anotando o mais detalhadamente possível todas as peripécias de uma viagem muito aloucada e aventurosa, recheada de perigos, índios selvagens, onças, mosquitos assassinos e doenças traiçoeiras, mas também eivada de deslumbramentos com magníficas paisagens, árvores gigantescas, animais , pássaros – enfim...Hercule foi então convidado a morar com os Taunay – passou quase um ano lá, tomando lições valiosas de pintura com Félix , desenhando, fazendo aquarelas, não lhe faltando inspiração naquele local, bem dentro da amada floresta . Seu destino seria, talvez, instalar-se definitivamente no Rio, ser um professor de desenho.... ou então, pensava, seria melhor ir para a Rússia – parece que lhe haviam prometido um bom emprego pelo que fizera com a expedição.

Mas, numa ida a Porto Feliz para rever seu bom amigo Francisco Álvares Machado e família, resolveu casar-se com a filha de Francisco, uma jovem de 15 anos, Maria Angélica – que acabou lhe dando 13 filhos, dos quais 8 se criariam, e morrendo após o último parto, aos 35 anos.

Na casa dos Taunay, permaneciam o seu diário de viagem, e uma grande coleção de desenhos. Cerca de meio século mais tarde, o documento abandonado seria encontrado pelo novo dono da casa – o ilustre filho de Félix que foi Alfredo, Visconde de Taunay, (1843-1899) militar, político, renomado escritor e pai de Affonso.  Foi por ele traduzido para o português e publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, acrescido de nova versão trabalhada por Hercule na maturidade, entre 1837 e 1849. O único trabalho extenso de Hercule publicado durante sua vida, em 1877 – dois anos antes de sua morte.  Documento de valor incalculável, o único remanescente de toda a história da Expedição Langsdorff – escrito a partir do diário de um rapaz de 21 anos, que fora contratado nem tanto como desenhista, mais pela sua habilitação de cartógrafo, e na realidade como um faz-tudo, capaz de cuidar até da tripulação dos botes.

Patriarca da Iconografia Paulista

Então, entra em cena nesta nossa pequena viagem histórica um personagem muito importante no que se refere à biografia de Hercule Florence:  o seu Diário. Ou antes, a coleção de diários, livros, anotações e manuscritos vários que também foi conservada ciosamente pelos seus herdeiros, juntamente com o acervo iconográfico. Com pouquíssimas oportunidades de abertura e divulgação do material, desde a morte de Hercule, em 1879 – até hoje uma parte desse material ainda permanece fechada e inédita.   Exceção fora também feita a outro personagem franco-brasileiro, o engenheiro Estevão Leão Bourroul – que em 1900 conseguiu reunir elementos para escrever a primeira biografia do artista, em visitas rigorosamente vigiadas aos arquivos dos Florence e folheando os manuscritos, devidamente, com luvas brancas.

Permito-me contar que também tive esse privilégio no ano de 1999, concedido pela trineta de Hercule, Teresa Cristina Florence Goedhart, em sua casa de Campinas, quando eu preparava uma reportagem sobre a Expedição Langsdorff e seus componentes – publicada em janeiro de 2000 na Revista Problemas Brasileiros (SESC-SP). Era o único exemplar do livro L´Ami des arts livré à lui-même – que mais tarde seria entregue à guarda de Antonio Florence, fundador e presidente do Instituto Hercule Florence.

Valeu-se do renome que tinha, e também da ligação entre as famílias, como já dissemos, o diretor do Museu do Ipiranga, para obter da família do artista o que precisava para o seu mapeamento etnográfico e documental, uma série de 120 desenhos, nanquins e aquarelas. No relatório anual de 1918 dizia sentir-se feliz de poder abrigar provisoriamente em uma nova sala, “várias reproduções da preciosa série de desenhos devidos a Hercule Florence, o ilustre naturalista francês”, acrescentando, depois: “... Estes desenhos de Hercule Florence são talvez os mais velhos documentos iconográficos do interior de São Paulo e reproduzem aspectos sumamente curiosos dos engenhos de cana em Campinas, cenas das monções de Porto Feliz, etc”. 

Taunay criou para Hercule Florence, nos anos seguintes, um título: “Patriarca da Iconografia Paulista”, dependurou seu retrato em lugar de honra e ampliou seu espaço no Museu.  Em escritos posteriores, sempre o enalteceu, e em 1937 ainda fazia questão de explicar: “.... Jamais se reproduziram os seus desenhos, salvo um ou outro, revelados ao público, até que seus dignos filhos, os snrs. Prof. Paulo Florence e Dr. Guilherme Florence permitiram, patrioticamente, que deles se utilizasse a Diretoria do Museu, a fim de que o público viesse a tomar conhecimento destes documentos de extraordinário valor tradicional e fixadores dos acontecimentos da vida paulista em princípios e meiados do século XIX.”  E não deixava dúvida quanto à forma de aproveitá-los: “...Assim, resolveu a Diretoria do Museu copiar exatamente os desenhos do ilustre naturalista em quadros a óleo, ampliando-os para os tornar mais comprehensíveis, embora a lhes conservar todas as características documentaes que os tornam tão preciosos.”

O termo “ampliação” – ou melhor, o processo de ampliar – referido nesse texto, pelo que se constata foi muito do gosto de Affonso de Taunay. Causa até hoje um certo espanto: não é nada comum que algum mecenas ou curador de museu encomende quadros “gigantescos”, como são uns 90 itens da sua coleção preciosa. Foram vistos, alguns deles, pela multidão de crianças e adolescentes levados pelos pais e professores em visitas ao museu – em gerações mais antigas, como a minha – e certamente os assustaram e encantaram. Provenientes de miúdos desenhos e aquarelas, são em geral conservados nas salas de reserva-técnica, pois chegam a medir 7 metros de comprimento por 4 de altura – como um dos mais famosos, reproduzido em livros de arte, A partida da monção, de Almeida Junior, de 1897, a partir de trabalho de Hercule Florence.                      

Há mais de um século essa coleção pouco conhecida cumpre papel muito importante para a formação do imaginário e do inconsciente coletivo nacional, pois vem sendo utilizada em coleções de livros didáticos e paradidáticos – das tradicionais editoras Melhoramentos e FTD e outras mais recentes – em persistente e difícil trabalho de identificação de figuras, paisagens, fatos históricos, lendas e mitos cristalizados na nacionalidade. Não desconhecemos, porém, que durante o século XX esse tipo de iconografia centralizou disputas acerbas entre correntes ideológicas diversas, com denúncia de um exagerado “ufanismo” paulista e da consequente necessidade de criação de mitos sobre os bandeirantes – exemplo recentíssimo disso temos na tentativa de destruição, na cidade de São Paulo, da estátua de Borba Gato de Júlio Guerra.

Pelos vários convênios que o Instituto Hercule Florence vem estabelecendo com o Museu Paulista da USP desde 2011, as duas instituições convergem seus objetivos e seu trabalho, afastando as sombras de ideologias de qualquer proveniência, ajustadas à imparcialidade requerida hoje, mais do que nunca, para progresso da cultura, da arte, da ciência. Na sucessão de simpósios, publicações, exposições que desde essa data vêm sendo realizada, destacou-se uma mudança de paradigma desde a gestão do professor Ulpiano Bezerra de Meneses no Museu, em 1989. Como pode ser lido em extenso artigo, “Hercule Florence e Afonso Taunay – Ontem e hoje no Museu Paulista”, da citada pesquisadora Ana Paula Nascimento: “Questão fundamental é a de como lidar com as imagens em um museu de história. Imagens são desafios. As encomendas, a despeito do valor das telas, são construções de narrativas. O Museu Paulista opera hoje com a história como ‘disputa de narrativas’ “- Ou seja, muitas vezes a arte é exposta com valor de documento histórico, o que pode engendrar abordagens de interpretações múltiplas. Outras vezes, porém – como acontece no caso explícito de Hercule Florence – um conjunto de obras de tal qualidade e precisão persiste na avaliação dos pósteros como valiosas representações de processos de estruturação social, de ciclos econômicos, de retratação de pessoas, de paisagens, de ambientes – do tempo passado, em sua eterna contraposição ao tempo presente.  

* Cecilia Prada (Bragança Paulista, São Paulo, 1929) é jornalista, ficcionista, dramaturga, tradutora, crítica de literatura e teatro. Em 1951, licencia-se em Letras Neolatinas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. No mesmo ano, conclui a graduação em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero.

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